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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Vulcanidades - Lívia Nery

Concluindo o nosso passeio pelas canções indicadas ao Prêmio Caymmi na categoria melhor música com letra, hoje vamos falar de Vulcanidades, música de Lívia Nery. A cantora conta que a inspiração criativa para a composição foi trazida diretamente do mundo dos sonhos: "Eu sonho com muitas músicas, essa foi a primeira que consegui lembrar depois de despertar. Acordei com os vocais do início e já gravei. Depois, improvisando em cima dessas vozes, criei a melodia", explica a cantora. 

A letra seria escrita na área de serviço de casa olhando fixamente o Sol se pôr. "O Sol do céu me levou ao Sol de dentro da Terra, aquele que é cuspido através dos vulcões.Ela fala do impulso criador inevitável que carregamos, que é o plexo solar: fonte de poder realizador", conta Lívia.

Antes de ser gravada, Vulcanidades marcou presença nos shows de Lívia. Até que, na companhia dos músicos Ian Cardoso e Israel Lima, ganhou o arranjo de base com que seria registrada. A produção da gravação é assinada pela cantora junto a Rafa Dias. A mixagem e masterização ficaram a cargo de André T. 
Em janeiro de 2017, a faixa foi lançada como single e poucos meses depois chegaria ao Prêmio Caymmi. "Inscrevi ela sem muitas pretensões e tive essa boa surpresa.  Fiquei muito feliz ainda mais por ser uma canção que veio pra mim por meios bastante incontroláveis", agradeceu a cantora. 

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Forte, Valente Coração - Luã Almeida/Diego Cardoso/Jackson Almeida/Vini Mendes

E hoje temos a história de mais uma indicada ao Prêmio Caymmi: "Forte, Valente Coração" é uma canção coletiva escrita por Luã Almeida, Diego Cardoso, Jackson Almeida e Vini Mendes - integrantes da banda Baianomundo. Diego conta que ela foi apresentada em estúdio por Luã ainda como melodia. "No início do Baianomundo tínhamos o hábito de, todas as terças à noite, nos encontrarmos para compor. No dia que Luã apareceu com ela a letra logo foi sendo desenvolvida, coisa de vinte minutos. Sinto que escrevíamos não só o que estava na mente de cada um, mas que sentíamos juntos para onde a música ia caminhando. Foi um momento íntimo e muito especial e pra banda", revela o cantor. 

A escuta de "Forte, Valente Coração" traz a serenidade coletiva dos integrantes da Baianomundo. Em melodia suave eles cantam o reencontro pessoal com a Fé: uma interpretação que apresenta naturalidade dentro de uma temática cara aos tempos modernos. "Acho que a Fé sustenta o passo diário da vida de muita gente. O que acontece é que, diante da rotina, muitas vezes minimizamos estas boas energias", explica Diego. 

A canção de fé do Baianomundo já conta em sua história com uma premiação: em 2016 ela foi a vencedora do festival de Música da Educadora FM na categoria melhor música com letra. Perguntado sobre como o grupo recebeu a indicação dela ao Prêmio Caymmi, Diego aproveita pra reverenciar o mestre baiano da composição: "Caymmi é o nosso mestre da baianidade e o seu nome no Prêmio já nos dá uma ideia do peso que é participar dessa festa da arte da nossa Bahia. Ter o trabalho reconhecido em um evento tão importante é sensacional, ainda mais isso acontecendo no primeiro ano de banda e depois do Festival da Educadora". A faixa "Forte, Valente Coração" está no álbum Fruturo (2016) da Baianomundo, gravado no Kabana Estúdio- do pai de Jackson e Luã - e no Instituto WR.  

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Branco - Ubiratan Marques

Hoje, dando continuidade a série especial com os indicados ao Prêmio Caymmi 2017, na categoria "melhor música com letra", vamos conhecer a história de Branco - composição do maestro Ubiratan Marques. Ele conta que ela foi uma canção que se apresentou por inteiro. "Sempre quando componho algo que sinto que deve existir uma letra peço para Seu Mateus Aleluia escrever, mas com Branco foi algo diferente, veio tudo praticamente junto. A letra traz um pouco da minha relação com a minha espiritualidade", explica o maestro. 
Branco foi gravada no primeiro disco da Orquestra Sinfônica e também dá nome a obra. A letra reverencia o orixá Oxalá, senhor da criação na cosmogonia das religiões afro-brasileiras. Ela reúne saudações ao "Rei do branco" em um arranjo musical moderno, onde o popular e o erudito se encontram com muita naturalidade. Essa expressão da espiritualidade é uma busca musical constante do maestro Ubiratan: "Não tenho o costume de sentar ao piano com expectativa, existe em mim uma necessidade de tocar quase todos os dias. Apenas toco e tento me conectar com a música, pois esse é talvez o meu grande objetivo: 'tentar fazer música com alma' -sei que é muito difícil, mas continuo tentando".

Nessa jornada - antes de formar a Orquestra Afrosinfônica - o maestro Ubiratan se formou na Escola de Música da UFBA, integrou a banda Reflexu's, trabalhou como arranjador em São Paulo, compôs trilhas para filmes e fez pesquisas musicais em Angola. Toda essa bagagem está em Branco, na sagração cotidiana da música do maestro."Meu processo de criação é muito relativo, às vezes vem ideias quando estou caminhando, ou observando coisas que me rodeiam, e, aos poucos, vão surgindo fragmentos melódicos ou caminhos harmônicos que vou tentando entender o que querem me dizer, outras vezes, como foi com Branco, sento ao piano e quando dou por mim tem uma música pronta na minha frente", agradece Ubiratan.  


Perguntado sobre como recebeu a indicação da música ao Prêmio Caymmi, ele sentencia: " Acho o Prêmio importante e recebi a notícia com carinho, mas acredito ser mais importante cada um saber o que pretende e busca com a sua arte".